Muitas vezes eu pensei: porque preservar a memória? Aí eu penso no real sentido da palavra “memória”. Ela, que muitas vezes se perde e, com isso, se apagam vários registros da história.
Quando a memória e a história se apagam, nos difíceis momentos que a sociedade possa estar vivendo, são esquecidas lições que nos fazem observar um erro, corrigi-lo ou… ver o que acertamos e aperfeiçoar esses pontos. Portanto, preservar a memória da mídia, é também preservar os registros que temos, documentos, imagens, gravações em áudio, vídeo e filme. Assim é possível observar, através desses registros, o que muitas vezes a memória falha.
O tempo acaba apagando aquilo que as vezes nós, nas entrelinhas, podemos enxergar nesses registros, que estão intrinsecamente preservados na memória: o sentimentos, sensações, o espírito de uma época.
Dessa forma, poderemos analisar com calma tudo que se passou e o que podemos pensar no futuro. Afinal, olhar para o passado nos fará buscar um presente e o futuro ainda melhores.
Pode parecer apenas ilusão, só teoria, impossível, mas não é. Quando falamos que o tempo é o senhor da razão, é porque sempre aprendemos com ele. Esse é o real papel da memória.
É importante confronta-la com os registros que sobraram da mídia, coloca-la sob observação e pensar na importância da nossa sociedade, na forma como nos expressamos por meio da comunicação.
Mídia é mediação, ligação. Valorizar a memória da mídia é valorizar também a dos que a construíram. Pessoas, que muitas vezes, apenas nas entrelinhas, nós conseguimos enxergar ou em pequenos crédito.
Mais do que valorizar mídia e toda essa essência, vale valorizar as ideias que estão presentes em cada uma de suas manifestações.
Esse é o papel de quem trabalha com comunicação, esse é o nosso papel.